3/15/11

Ela estava vestida de azul


Segurou-me pela mão

Levou-me ao seu templo

E mentiu:

Disse que não iria doer nada!



Eu ainda mato essa saudade!

2 comments:

luiz gustavo said...

eu sei



sei os
dias amarelos
os elos dos dia(s)
amantes
o antes do depois
o após do pó
da pérola

ah ! o pó a des(a)
fiar o tempo

sei o tempo
o talvez nunca
que sempre foi
e será

( a alma da serpente na palma da mão )

sei os lábios
em ecos sobre dentes
tão brancos
como o branco mais branco
do céu leitoso da boca

sei a escama
dessa oca
verna
de vermes
onde a língua acrobata
drena e densa
a retesar
como grua
e sua

sei o tesão
louco que eu sinto
amor epilético - antes tarde do que eunuco -
( dizia oswaldo wronski em letra de forma )

jamais
saberei do já
e dos ais da teia
e do vôo da aranha
no ar da manhã

já sei
o fim do sol
dessa imensidão
no crepúsculo surdo
a arder em versos
contra o coração
como um sopro
de sol
i
dão

sei agora
o enigma das palavras
que se curvam a (des)
construir lampejos
de relâmpagos em algum
lugar nenhum(a)
há uma passagem

sei também
desta paisagem
que lá fora pela janela
dá contorno aos dias
insanos sonâmbulos
que passei em imagem

sei tudo
e nada sei do temor
do amor pretérito
que arde no peito
rarefeito um tambor
ma(i)s que (im)per-
feito irrequieto

é tarde
e o esboço da noite
oculta as estrelas – elas que estão lá -
onde um dia estarei
cúmplice da luz
do silêncio

- ah ! disso eu sei !

Magno said...

"...Não era sequer provocante.
Provocada, como reagia!
São palavras só: quente, fria..."


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche