2/22/11

Feito para mim

Verdes Mares
Olhos Teus
Onda Cristalina

Sorriso

És Bela
Plena
Gigante

Meu Navio
Mero Errante

Vaga estasiado
Pelo Teu Olhar Fisgado
Ao Sabor Do Mar
Ao Sabor Do Mar


(Autor: R. M. / No ano de: 2002)

2/18/11

Ainda e sempre...

Misterioso tempo
Quieto em sua amplidão
Finge que para
E acelera
Finge que cura
E corta
Finge que dorme
E escuta
Finge que vive
E morre

Misterioso tempo
Quando me apavoras
Finjo que saio
E espero

Misterioso tempo
Ainda e sempre

2/15/11




Morar tão longe dos meus pais é detalhe dessa vida que não acho graça alguma.
Todo sábado dá logo aquela vontade de tê-los pertinho, levá-los para almoçar, caminhar na praia ou ver um pôr do sol... Domingo, então, fim de tarde as crianças estão de banho tomado, dentes escovados, roupas limpas e aquela sensação de que iremos todos a casa da vovó. Mas a casa da vovó fica a 470 km!!!
Então, o que nos resta dos poucos dias que conseguimos para estarmos juntinhos?
Devem ser aproveitados ao máximo, cada detalhe deve ser apreciado com contemplação: a forma como mamãe passa o adoçante ao papai na mesa do café, a maneira como eles veem TV ou leem uma revista após o almoço, os copos a mais na pia para lavar, o cheiro do quarto, a roupa pendurada na porta do banheiro, os chinelos...
Ai! Quanta saudade de tudo!
O ar que eles respiram fica sempre cheio de amor. A cama traduz felicidade. Os passos, já mais cansados, não precisam dizer para onde vão, transmitem segurança.
Meus pais! Quero tê-los! Sempre!

2/10/11

Silencioso carro.

Após o telefonema a mulher saiu ofegante.

O coração calou o trânsito.
O medo agonizou da espera.

Na rua, nenhum sinal.
Chovia. Estava escuro.

O carro era silencioso demais para avisar da chegada.
E assim, ela, a mulher,
encontrou os dois em sua cama.





"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche