6/30/05

Sonho...

Tive um sonho mais estranho do que os sonhos costumam ser, um sonho desses que a gente busca de toda maneira os símbolos, para chegar aos significados, mas eles se escondem, escorregam da nossa marcação, atropelam nossa razão. Lembro da rede branca armada no meio de uma casa em construção, muitos empregados que nada faziam e algumas poças d'água espalhadas pelo piso, nada estava limpo. Havia um desespero em mim, algo angustiando e atormentando minha necessidade de dormir - no sonho. Era quando eu acordava e via o homem, que era meu. Estava bêbado, banhado e nu, com uma toalha, também branca, enrolada no pescoço. Eu avisava, furiosa, que ele estava embriagado e mandava que se vestisse, que não andasse sem roupas pela casa, em respeito às pessoas. Ele me puxava para o seu colo e me agarrava sem pedido de desculpa. Eu insistia para que fosse pôr uma roupa. Finalmente o meu homem levantava-se. Um susto. Um bicho morto, com asa e bico, sem penas, tinha suas partes espalhadas pelo chão. Eu tinha nojo, não pelo bicho, por não saber o porque dele estar ali, aquele bicho. Acordei às cinco da manhã, sem o homem, sem o bicho, sem as poças; só a angústia estava comigo.

6/29/05

PEDIDO DE DESCULPAS A ALGUÉM Q EU AMO MUITO!

UM AMIGO ÍNTIMO
Um amigo íntimo - de si mesmo.
O amigo que se torna inimigo fica incompreensível;
o inimigo que se torna amigo é um cofre aberto.
A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.
É preciso regar as flores sobre o jazigo de amizades extintas.
Como as plantas, a amizade não deve ser muito nem pouco regada.
Certas amizades comprometem a idéia de amizade.

6/9/05

Cardápio: literatura de restaurante.

Bife ao molho madeira
Arroz integral
Salada de abacaxi com ricota e cenoura
Sal
Pimenta
Azeite
Tudo isso num prato azul.
Talvez tenha sido esse o meu almoço de hoje.
Acho que foi.
Já nem me lembro.

"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche