4/28/10

O dindim de lembrança...

Uma coisa que me veio à cabeça quando ouvi, há pouco, essa palavra:

Biscoito - quando eu morava lá em Piripiri e, todos os dias, a caminho da Escolinha Pinguinho de Gente, passava na casa de uma senhora que vendia dindim: - tem de quê? - eu gritava e ela logo respondia sem muito interesse: - biscoito, morongui (tal qual pronunciava), abacate, coco queimado... - e eu nem queria nenhum, mas queria ouví-la! Todo dia, na mesma hora. Nunca nos vimos, ou pelo menos naquela situação não! Mas ela era, pra mim, "a mulher dos dindins"... eu acho que eu não era ninguém pra ela!

4/27/10

Ponteiro desapontado.

Sou tempo passando...
Não paro. Sou ponteiro de relógio. Sou água de rio. Meu cavalo não tem rédea nenhuma.
Sou tempo passando...
Aposto em meu vacilo-cego porque meu acerto sempre erra.
Sou tempo passando...
Sou barco amarrado numa ilha deserta, com corda velha e roída pelo tempo, em leves balanços cuja maior distância a percorrer é um pra cá e um pra lá.
Sou tempo passando...
Cidade pós-terremoto. Caótica, indisciplinada, desajustada.
Sou tempo passando...
Sou tempo passando...
E quando apago a luz vejo que o dia de amanhã será exatamente aquele igual a outro e o dia que passou foi exatamente aquele igual a outro... Onde mesmo foi parar o dia de hoje?!
Sem você não existe! Acabo morrendo! E no meio da tormenta em que me encontro você, que era o meu porto seguro, a minha tranqüilidade futura, minha vida, já não me quer mais...
Nada pode ser mais doloroso!
Lá se vai a vida! Sem nós dois de mãos dadas!

4/8/10

Memória!


É impressionante eu ter lembrado login e senha desse lugar!!! Muito tempo sem vir! Aqui é o ninho dos meus pensamentos profundos, muitos deles sem eira nem beira, mas todos saídos bem lá de dentro... algo assim entre o eu e o mim, o espaço do devaneio mais desprovido de culpa, o além da vergonha e do pudor, o libertar de uma fera!
Pois muito bem, senha e login reencontrados são o passaporte do it, do my self, da mulher selvagem da Clarissa Pinkola, do grito, da euforia, do amor pelas cartas desaforadas!
Bem-vinda eu! Bem-vindo quem vier!


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche