2/15/11




Morar tão longe dos meus pais é detalhe dessa vida que não acho graça alguma.
Todo sábado dá logo aquela vontade de tê-los pertinho, levá-los para almoçar, caminhar na praia ou ver um pôr do sol... Domingo, então, fim de tarde as crianças estão de banho tomado, dentes escovados, roupas limpas e aquela sensação de que iremos todos a casa da vovó. Mas a casa da vovó fica a 470 km!!!
Então, o que nos resta dos poucos dias que conseguimos para estarmos juntinhos?
Devem ser aproveitados ao máximo, cada detalhe deve ser apreciado com contemplação: a forma como mamãe passa o adoçante ao papai na mesa do café, a maneira como eles veem TV ou leem uma revista após o almoço, os copos a mais na pia para lavar, o cheiro do quarto, a roupa pendurada na porta do banheiro, os chinelos...
Ai! Quanta saudade de tudo!
O ar que eles respiram fica sempre cheio de amor. A cama traduz felicidade. Os passos, já mais cansados, não precisam dizer para onde vão, transmitem segurança.
Meus pais! Quero tê-los! Sempre!

3 comments:

Chris Corcino Moda e Imagem said...

Selminha,
Não pude ler sem chorar suas doces palavras! Logo eu que estou a uma distância de 1.250km dos meus pais. Mas... Já estive a quase 3.000km, hoje estou tão perto e tão longe! É injusto não é? Também quero os meus "pra sempre".
Beijos.

Selma Peres said...

Ô, querida! Que linda a sua identificação com meu texto! É injusto sim! Já percebi pelo seu jeito e pelas fotos o quanto vc ama seus pais e toda a sua família! Que saudade que dá, mesmo! Mas a gente vai levando, na certeza de tê-los saudáveis e lindos dentro de nós! Bjo e seja bem vinda em meu blog.

João Marcos de A. Escórcio said...

Seria injusto ler e não deixar meu comentário. Belas palavras que se encaixam direitinho no passar do adoçante na mesa do café. Impossível correr os olhos no texto e não lembrar os dois. Parabéns, me tornei um fiel leitor do seu blog. Abraço querida.


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche