5/5/05

Preguiça de início.

Tenho mania de intimidade. Abro geladeiras de desconhecidos e bebo leite, não água. Não gosto da timidez dos inícios. Amo a liberdade dos dias que se atropelam, que acostumam. Adoro a sem-vergonhice e o despudor. O mundo é pulsante demais para a maciês dos princípios. Ovos quebrados. Casulos. Ostras. Entro pela porta de trás. Caio em tentação nos abismos mais ilimitados. Navego pelas entrelinhas da indecência. Sou tubarão-martelo, não tenho culpa. Meus paralelos são perpendiculares e, na encruzilhada, visto a roupa da noite. Amo demais. Minha alma é de carne e osso.

2 comments:

Briza said...

E eu digo que amo e me orgulho demais dessa minha menina.

Bárbara Lia said...

selma,
eu que pensei que o tempo lavaria esta brasa encendida que reside na alma das mulheres que amam além,
descubro que é o vento das ninfas,
o sopro singelo das eras que faz com que a brasa arda mais e mais se
acenda. Não há outra ssaida, caminho, nada além na travessia, que amar demais. amar sempre a mais, amar um pouco mais e ir em frente. amei tuas cartas.


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche