E no elevador, no imenso e veloz elevador da torre
empresarial, 7 idosos e eu…
A brevidade daquele tempo que nos conduziu ao 12º andar,
entre paradas e desembraques, me trouxe reflexões emocionantes.
Os olhares todos traziam uma inseguraça enrugada e tão
aparente, não sei propriamente se da vida ou dos suaves balanços daquela grande
caixa de ferro.
Naquelas 14 pupilas, divididas em 7 cabecinhas brancas,
havia uma impaciência tão contida na certeza de que as horas passam depressa (era
melhor que aliviassem mais) e que a vida é apressada, o ritmo das pessoas e
suas ‘coisas por fazer’ aceleram tudo…
E eu contemplei, com emoção e pesar, cada ruga, cada gesto,
cada olhar. Contemplei o medo e a vastidão das suas histórias – quais seriam?? –
embutidas nos corpos frágeis, cansados, desistentes de lutar por juventude, já
sem gás, ocupantes de pouco espaço físico.
Cheguei no 12 – que é o meu andar – e já só restavam 3, dos
7! Não houve despedida, apenas olhei (um a um), sorri e sai.
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