2/15/07

Todo fim é dolorosamente amargo; a gente fica feio, cheio de dores, envelhecido, cabisbaixo, tristonho.
Acontece que o fim muitas vezes vem sempre. E recomeça. E termina novamente. E acaba! E a gente não aguenta mais tanta ida e vinda, tanto alto e baixo.
E a gente não fica mais tristonho, nem muito menos feio, nem chora mais, nem imagina mais como seria ruim a vida sem o outro (porque a vida já é praticamente sem o outro), nem liga, nem sente saudade.
E a gente cansa! E a gente fica aliviado com o fim...
Até que, sem entender direito, a gente banaliza tudo o que é ruim na relação e acaba por desacreditar que um dia ela vá acabar de fato, mas também acaba por entender que viver é muito mais do que isso.
É quando a gente passa a buscar, incansavelmente, uma nova história!

1 comment:

Denes Brito said...

Sempre levo comigo que o pior mal, é o do amor abandonado. Desde os tempos dos primeiros beijos, carrego esse temor. Sempre tive medo de amargar um abandono que me colocasse num estado de catalepsia afetiva. Isso afetava meu modo de conduzir as coisas, até que um dia, pensei: se eu não fizer como o Vinícius (de Morais), nunca vou saber o que é amar de verdade, deixar de amar por termor do abandono é como não viajar por medo de um eventual furo de pneu. Aí, decidi cair de cara no amor, abrir aguarda, ver no quê ia dar...


...Até hoje fico puto com aquela parada que diz "o amor só é bom se doer".

Mas de todos os males, ficam as lições, e a minha, é que o amor bem amado é o que é bem vivido, tranquilo à leva das dissonâncias...


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche