6/28/06

O amor de Drummond em mim...

"Amor é o que se aprende no limite
depois de se arquivar toda ciência
herdada, ouvida
Amor começa tarde"

É aqui que me desfaço de pensar o amor como uma urgência mas como algo que chega, "o algo", exatamente aquilo que procuramos quando não temos e encontramos quando não esperamos. Ele pode vir atrapalhado, vestido de carinho, enlouquecido, tranqüilo, ligeiro; pode vir cheinho de ferramentas, apetitoso, inseguro, maduro; pode vir nebuloso, atormentado, vadio, grosseiro; pode vir de todas as formas ainda nem vistas; pode vir tagarela ou silencioso, otimista, danado, barraqueiro; pode vir vacilão, arredio, caprichoso; mas nunca pode vir, nem em sonho, com um manual de instruções.

1 comment:

Ana Vieira said...

Tomarei emprestado do Chico sua enorme sensibilidade;
"Não se afobe,não
que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar"


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche