6/30/05

Sonho...

Tive um sonho mais estranho do que os sonhos costumam ser, um sonho desses que a gente busca de toda maneira os símbolos, para chegar aos significados, mas eles se escondem, escorregam da nossa marcação, atropelam nossa razão. Lembro da rede branca armada no meio de uma casa em construção, muitos empregados que nada faziam e algumas poças d'água espalhadas pelo piso, nada estava limpo. Havia um desespero em mim, algo angustiando e atormentando minha necessidade de dormir - no sonho. Era quando eu acordava e via o homem, que era meu. Estava bêbado, banhado e nu, com uma toalha, também branca, enrolada no pescoço. Eu avisava, furiosa, que ele estava embriagado e mandava que se vestisse, que não andasse sem roupas pela casa, em respeito às pessoas. Ele me puxava para o seu colo e me agarrava sem pedido de desculpa. Eu insistia para que fosse pôr uma roupa. Finalmente o meu homem levantava-se. Um susto. Um bicho morto, com asa e bico, sem penas, tinha suas partes espalhadas pelo chão. Eu tinha nojo, não pelo bicho, por não saber o porque dele estar ali, aquele bicho. Acordei às cinco da manhã, sem o homem, sem o bicho, sem as poças; só a angústia estava comigo.

1 comment:

Virginia Munhoz said...

Esse teu pesadelo foi heavi metal, hein...Cuide da minha Lôra, ela vai precisar de muito carinho agora.


"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equivocos"- Nietzsche